Quem sou eu

Minha foto
Licenciado em Letras - Língua Inglesa e Língua Portuguesa. Tem especialização em Língua Portuguesa - Produtor e Revisor de Textos. Professor de Língua Portuguesa, Literatura e Língua Inglesa do Ensino Fundamental e Médio. Também leciona numa Escola de Idiomas. É fascinado pela busca constante de conhecimento nas áreas de Literatura, Metodologia do Ensino de Línguas, Filosofia, Antropologia, História da Arte, etc. Em suma, tudo o que possa de uma forma ou de outra, desenvolver o intelecto humano e promover o pensar de forma crítica e eficiente. A arte de escrever faz parte da minha alma, do meu ser. Se não escrevo sinto-me sem chão. Vejo na escrita uma forma de compreender a mim mesmo e fugir da realidade que às vezes é tão monótona. ''Tudo vale a pena quando a alma não é pequena'' (Fernando Pessoa)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Assassinato na Avenida Central

Sexta-feira, final de tarde tudo o que eu mais queria era chegar a casa tirar a roupa do trabalho e deitar em meu sofá por longas horas. Antes de ir para casa passei no Big para comprar algumas coisas. Estava lotado. Já devia ser 19h00 e eu ainda estava lá presa no supermercado. Fiquei mais uma meia hora e graças a Deus consegui passar minhas compras

Logo que saí do elevador, ao abrir a porta do apartamento tomei um tremendo susto. Ela estava apenas encostada e eu havia deixado chaveada. O que será que houve? Será que é algum ladrão? Moro na avenida Central em Balneário Cambóriu e nunca houve um assalto, mas não se pode arriscar, a violência está tomando e alastrando. Na dúvida chamei a vizinha ao lado para entrar comigo. Vasculhamos todo o apartamento e tudo estava nos devidos lugares.

___ É acho que com a pressa de chegar ao escritório hoje de manhã realmente devo ter deixado a porta apenas encostada.


Arrumei minhas coisas em cima do sofá e fui direto tomar um banho. Já com as energias repostas me dei ao luxo de abrir uma garrafa de vinho e sentar na sacada para aproveitar a noite agradável. De repente, escutei um barulho vindo do meu quarto. ---- Que susto levei! --- Será que é algum bandido? Respirei fundo e devagar fui em direção ao meu quarto.

___ Tem alguém aí?

___ Vou chamar a polícia.

Silêncio total. À medida que ia me aproximando do quarto no hall de entrada, encontrei um bilhete caído no chão escrito: ‘’ Você será a próxima vítima’’ Estremeci toda. Precisava era sair logo dali. Voltei em direção à sala para ligar para alguém, mas o telefone estava mudo. Quando procurava meu celular na bolsa visualizei a sombra de uma pessoa alta e forte segurando uma faca. O nervosismo tomava conta de mim não sabia mais o que fazer. Peguei a garrafa de vinho que ia tomar __era a única coisa que eu dispunha para me defender.

Jamais esquecerei aquela noite de dia 31 de outubro. Se não fosse por aquele dia não estaria presa hoje. Assim que o homem surgiu na minha frente, taquei a garrafa de vinho em sua testa. Seu corpo caiu sobre a mesa de vidro da sala, causando uma hemorragia na cabeça devido ao corte. Era um colega de trabalho que há meses queria sair comigo e não tendo coragem fez essa brincadeira. Ali estava o corpo estraçalhado na minha sala todo sujo de sangue e vinho.